A RAIZ DO SOFRIMENTO (II)
Um querido amigo contava que, quando foi servir o exército, como recruta, foi alocado na equipe de apoio na cozinha.
E que um dia estava limpando o piso quando chegou um oficial e lhe pediu, diretamente, que lhe preparara um almoço. Então, contava meu amigo, viu ser aquela a sua oportunidade.
Ele havia pensado em fazer uma comida tão deliciosa, que depois de comê-la, nesse dia, o oficial se esquecesse de trabalhar a favor de guerras e conflitos.
E assim sucedeu. E outros oficiais também quiseram comer de sua comida. E foi promovido a cozinheiro dos oficiais. E aos poucos foi encarregado também de comprar o que necessitasse para lhes preparar a comida. Não só de passar da tarefa de limpar o piso, mas de ser promovido a cozinheiro.
Sua disposição de servir, de arricar sair de onde estava, lhe abriu oportunidade para novas experiências; e para decisões de maior compromisso, com ele mesmo e com outros.
Agora, em outra posição, ele já devia trabalhar mais consciente de seus atos; com a atenção mais focada na vontade de fazer o melhor que lhe fosse possível; e de inspirar a outros a elevar a própria vontade de realizar o melhor.
Ao fim e ao cabo o que tememos soltar é a ilusão de segurança que temos.
Feliz dia, amigo.
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