Há um dito popular que afirma que "Quem Casa quer Casa".
Se tomarmos estas palavras, a primeira interpretação que nos vem é que cada casal deve ter sua própria casa, assegurar sua privacidade e a autonomia física do novo núcleo familiar.
Mas se aprofundarmos um pouco mais pode-se dizer que quem casa está saindo da casa dos pais, do lar onde nasceu. Cresceu e busca construir sua própria vida.
Quer dizer que há quem tenha a própria casa e ainda não saiu da casa dos pais?
- Certamente a mudança de casa não garante um real início de uma nova vida. A diferença que isto implica requer, nestes tempo da humanidade, uma sutileza de percepção, não desejada e pedida por todos os homens e mulheres, ainda.
Aqueles que decidem que sair da casa dos pais significa começar uma vida própria, por certo compreenderam que além do que lhe entregou seus pais, há mais para ser vivido. E também decidiram ver além de si mesmo, enxergar outra genética além da sua própria.
Isto facilita a conciliação com o outro.
Também podem ter visto que viver não precisa ser uma repetição obrigatória do sistema de crença e de sistema de vida de outros seres humanos, ainda que sejam nossos pais.
Transcender o nivel genético-biológico é o desafio deste momento da humanidade.
Não tem sido tão comum, por exemplo, a compreensão de que o pai porta o espermatozóide e a mãe porta o óvulo, mas que eles não os pensaram e nem os criaram.
São uma dádiva anterior a todos os pais e mães terrestres. E constituem mais do que elementos essenciais da reprodução humana. Eles também portam a vida y a luz que brilha em cada mente e em cada coração.
Esta percepção da realidade nos reporta a outros níveis de visão da existência e da convivência.
Quem terá pensado e criado o espermatozóide e o óvulo?
É uma pergunta pertinente.
E é também um bom ponto de partida para refletir acerca das surpresas, das maravilhas deste Ser que podemos chamar de Pai da vida e do amor... Que nos tem reservado a Paz, o Amor, a Harmonia, a Beleza, a prosperidade... se buscarmos de fato por isto.
Grata pela oportunidade de persistir.
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