quarta-feira, março 04, 2009

REFLETINDO SOBRE OS CONFLITOS DO CASAL

Hoje serão respondidas as questões do segundo bloco, que dizem respeito aos conflitos que se originam no sistema de valores de cada um e da importância de ter consciência deles:

2. Trago algum valor de minha família de origem que interfere na paz com meu companheiro/a?
- Naturalmente que sim, é a resposta mais honesta que posso dar.

2.1 Quais são?
- Basicamente trazemos a fidelidade ao sistema de crenças da família onde nascemos, que é totalmente diferente do sistema de crença da família do outro.
- Há casos específicos que a fidelidade à própria genética complica bastante as relações, porque a pessoa é tão comprometida emocionalmente com seus familiares, que gera muitos problemas para a pessoa com quem está formando a nova família.

- Quanto a mim, observo que venho de uma genética de pensamento mais liberal em relação aos costumes sociais e no trato com os demais.
- Assim como minha meta de caminho não é a meta de caminho de meu companheiro. O que trava bastante o andamento da vida. Cada um tem um plano de vida. E isto tem custo. Se as direções são conflitantes, torna-se mais trabalhosa a conciliação dos interesses comuns e das atividades relacionadas a tais interesses. Ou seja, perde-se muito tempo, requer muito esforço para manter a ordem e o funcionamento ordenado da vida familiar. Requer uma grande incondicionalidade no amor para chegar a uma convivência harmoniosa.

2.2 Consciente ou inconscientemente, deixei de falar das minhas reais condições e minhas limitações para compartilhar a vida com outro e construir uma família?
- Minhas condições externas eram evidentes:
Tinha um filho para educar e orientar. Tinha meu trabalho e a vida material já organizada. Tinha amigos e um caminho a seguir. Tinha bom relacionamento com meus familiares. Faltava mesmo o parceiro. Um companheiro de caminho.

- Quanto às minhas limitações, acreditava que eram reveladas em minhas atitudes.
Descobri, entretanto, que há limitações que tem um caráter mais particular e que devem ser tratadas mais clara e diretamente. Caso contrário irão se revelando no dia a dia. E como em geral não conhecemos as leis que tornam mais objetiva a relação entre os gêneros, acabam por gerar muitos conflitos e dificuldades.

2.3 Que dificuldades e conflitos tenho com meu companheiro/marido/noivo por não ter conversado antes sobre minhas posições e condições pouco usuais, pouco esperadas nas relações entre o homem e a mulher?
- Umas importantes restrições que tinha, não as revelei desde o início da relação e mesmo quando assumimos algum comprometimento.
- Mas o fiz quando nos comprometemos a sguir juntos e criar e educar juntos nossa filha.
- Tampouco eu estava tão consciente da necessidade desta conversa clara. Achava que pouco a pouco a harmonia era construída. Mas não é assim, a realidade me mostrou o contrário. Que tudo deve ser conversado.
- A realidade me levou a conversar mais claramente, cada vez mais claramente, até com ousadia.
E pedi e busquei ajuda. E fui atendida. Assim houve tempo e há tempo para tratar a essencialidade e os efeitos das minhas limitações que geram efeito na relação.
- Seguramente a vida se torna mais fácil se temos tudo conversado e tratado, ordenada desde o início. E se ambos decidem antes se é ou não possível a convivência sob tais condições.
- Acredito que o enamoramento faz com que deixemos de conversar questões concretas que serão decisivas na vida a dois. E que acaba gerando muitas separações.

Outro ponto de conflito que ainda não está construído na humanidade é a comunicação, uma linguagem comum que nos facilite tratar com o outro em condições de igualdade.

Sou grata porque hoje também persistimos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Felicitaciones!!!
concordo contigo !!!
gracias pelo exercio da constância!!
mary