CLARIDADE
Claridade,
Encontrei-te ao Norte,
Iluminando meus pensamentos,
focalizando minha visão.
Mas não há norte sem Sul? Pensei.
Qual será o outro prato
desta balança vertical?
Força! Foi a resposta.
E me pus a buscá-la
Em todas as partes de mim.
- Que força me permitiria
conviver com a Claridade?
E o coração se prontificou: presente!
Surpreendi-me!
Sempre o tive como parte frágil, contestei.
Mas insistente ele se apresentou
desnudo, inteiro, disponível,
feito de experiências e registros vivos,
cicatrizes e sonhos,
desejos e disposição.
Minha força! Tão frágil e tão forte...
Aceitei!
Porém, uma pergunta ainda insistia,
Sinalizando uma contradição.
Como se unem Claridade e Coração?
Apresentou-se, então, o fiel da balança:
Aqueles instantes em que eu
- assim como as margens, o leito e as águas de um rio unem-se para correr ao mar -
Unifico as minhas partes,
Num propósito comum.
E o que contém,
o que está contido e
um destino comum,
formam uma terceira via,
o próprio caminho.
E me levam com clareza e confiança,
por grotas, planícies, cachoeiras e remansos,
rumo onde sonho chegar.
(Recordando-me que é meu dever ser positivo e construtivo).
Feliz dia.
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