terça-feira, outubro 14, 2008

O Pranto da Alma

ESCONDERIJO DA TRAIÇÃO


Dentro de mim há uma menina
Que de quando em quando chora!... Chora!...

Por que choras, menina?
O que te aflige? O que te dói?

Acaso não te sentes atendida?
O que desejas? O que faz cessar teu pranto?

Acaso não te sentes livre
Para brincar? Sorrir? Viver?

Acaso não te sentes livre
Para manifestar-se?

Acaso pensas
Que não serás ouvida?

O que mantém as canções
Presas em tua garganta?

Algo te impele
A chorar para ser atendida?

Será o ciclo de um velho hábito?
Ou será real teu pranto?

Acaso não te sentes digna
Para ver quanto de tudo existe só para ti?

Acaso não sabes
Que tua palavra tem valor?

Creio em ti
E não só nas dores estou contigo.

Creio em tuas possibilidades,
Em teu potencial.

Confia, criança!
Revela-me por que choras.

Angustia-te a solidão?
Apavora-te o desamor?

Assusta-te a sombra da noite?
Temes o abandono?

Desfruta da solidão!
Ama-te divinamente. Mais do que outros possam fazê-lo!

Ouve a música que transborda nas noites!...
Mesmo quando todos choram!

Tantas coisas podemos fazer juntas...
Conto-te uma estória?
Fazemos palavras cruzadas?
Jogamos dominó?
Vemos uma comédia?
Vamos colorir?
Desenhar?
Pintar?
Bordar?
Dançar?
Limpar?
Organizar?

Creio em ti...
Mas não posso parar de chorar por ti!

(Em homenagem a minha amiga Eva).

Feliz dia!

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